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''Na Minha Estante'' Assegura: A resenha a seguir está completamente livre de Spoilers... Leia sem Moderação e divirta-se!
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Sinopse:
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Este não é um conto de fadas comum. Sim, existe uma princesa. Não uma donzela, mas uma jovem moderna, preocupada com os problemas de seu tempo. Há também um príncipe. Só não espere que ele seja um perfeito cavalheiro. Afinal, uma pitada de bad boy nunca fez mal a nenhum herói.
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Elena, filha da princesa Ana — a brasileira que se tornou herdeira do trono da Krósvia —, já não é mais a menininha apaixonada pelo primo Luka, com quem deu o primeiro beijo aos 13 anos. Cresceu, namorou, viajou o mundo. Mas uma notícia surpreendente a faz voltar para casa... justamente quando obrigações familiares também exigem a presença de Luka. O reencontro é explosivo. Luka não estava preparado para adulta que a prima tímida se tornou. Uma mulher que sabe muito bem o quer. E quem quer.
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O que eu achei?
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A primeira coisa que preciso falar sobre "Elena, A Filha da Princesa" é que este livro definitivamente é a prova de como Marina Carvalho consegue se reinventar a cada nova história. Mesmo sendo o quinto volume publicado pela a autora, e a minha quinta experiência com um deles, o novo romance me apresenta mais um lado da autora que eu não conhecia. E confesso, não esperava que ela pudesse ter. Pois, se pudesse classificá-lo com uma única palavra, ela seria... "Ousado". Se é que vocês me entendem. E tudo isto com a escrita fluída e gostosa característica da mineira.
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Diferente de "Simplesmente, Ana" - que tinha um clima bastante marcante de contos de fadas - e "De Repente, Ana" - que, além da pegada política mais marcante, pesava mais para o lado do Chick Lit - este terceiro volume (e spin-off) se passa 20 anos depois após o final do segundo volume - agora, sendo protagonizado por Elena, a filha da brasileira que descobre que é herdeira do trono de um pequeno país no Leste Europeu. Apesar de participarem bastante de todos os acontecimentos de "Filha da Princesa", Ana e Alexander dão lugar à personagem título e também a Luka, que já havia sido nos apresentado nos romances anteriores, mas que agora também se transforma em protagonista e narrador junto com a neta do Rei Markov.
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Como personagem principal, Elena é uma narradora na medida certa. Apesar dela ter consciência do peso que é ser uma representante da realeza, nem por isso ela é egoísta, mimizenta ou se considera o centro do universo (como uma outra herdeira que temos por aí, mas que não vou dizer quem é...). Ao mesmo tempo em que é determinada, ela também tem um toque inocente por detrás de suas ações, e por isso gostei tanto dela. Em contrapartida, a minha relação com Luka não foi "amor à primeira vista". Sim, foi uma surpresa ver que o pequeno menino que conhecemos pelos olhos de Ana se transforma no interesse amoroso da filha dela. Mas ele não é mais o mesmo garoto de antes. Devido à tudo o que acontece em "De Repente, Ana", ele se transformou em um homem amargurado, com problemas com a família, o típico Bad Boy. Confesso que, em boa parte do livro, a nossa relação foi incrivelmente difícil. Mas, quando ele finalmente nos mostra tudo o que o atormenta, eu finalmente entendi os seus dilema, a sua personalidade e então dei a minha benção para as investidas do rapaz à jovem princesa.
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Outro ponto que vale ressaltar é com relação à política da Krósvia. O país enfrenta uma grave crise, originada pelo conflito entre a monarquia e aqueles que querem que seja implantada a república - mesmo que para isto sejam usados todos os tipos de artifícios. Este clima dá uma tensão maior a história, e o mais engraçado é perceber que, mesmo escolhendo um tema apresentado em "A Herdeira" de Kiera Cass (livro publicado no mesmo mês e que foi anunciado meses depois da Marina Carvalho finalizar "Elena"), a autora soube explorar muito mais o assunto e deixar tudo mais imediatista (e crível).
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Enfim, posso continuar desfiando elogios à este novo romance da trilogia da Krósvia, mas isto não seria surpresa. Adoro a forma como a Marina Carvalho escreve os seus livros, de um jeito gostoso e que nos conquistam já nas primeiras páginas. Sim, o ritmo narrativo e a pegada mais sexy deste volume pode o distanciar bastante do lado mais cor de rosa das tramas protagonizadas pela mãe da princesa... Mas isto que é o mais legal. E mostra que a autora não se prende a nenhuma fórmula, sempre pronta para surpreender os seus leitores.
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Diferente de "Simplesmente, Ana" - que tinha um clima bastante marcante de contos de fadas - e "De Repente, Ana" - que, além da pegada política mais marcante, pesava mais para o lado do Chick Lit - este terceiro volume (e spin-off) se passa 20 anos depois após o final do segundo volume - agora, sendo protagonizado por Elena, a filha da brasileira que descobre que é herdeira do trono de um pequeno país no Leste Europeu. Apesar de participarem bastante de todos os acontecimentos de "Filha da Princesa", Ana e Alexander dão lugar à personagem título e também a Luka, que já havia sido nos apresentado nos romances anteriores, mas que agora também se transforma em protagonista e narrador junto com a neta do Rei Markov.
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Como personagem principal, Elena é uma narradora na medida certa. Apesar dela ter consciência do peso que é ser uma representante da realeza, nem por isso ela é egoísta, mimizenta ou se considera o centro do universo (como uma outra herdeira que temos por aí, mas que não vou dizer quem é...). Ao mesmo tempo em que é determinada, ela também tem um toque inocente por detrás de suas ações, e por isso gostei tanto dela. Em contrapartida, a minha relação com Luka não foi "amor à primeira vista". Sim, foi uma surpresa ver que o pequeno menino que conhecemos pelos olhos de Ana se transforma no interesse amoroso da filha dela. Mas ele não é mais o mesmo garoto de antes. Devido à tudo o que acontece em "De Repente, Ana", ele se transformou em um homem amargurado, com problemas com a família, o típico Bad Boy. Confesso que, em boa parte do livro, a nossa relação foi incrivelmente difícil. Mas, quando ele finalmente nos mostra tudo o que o atormenta, eu finalmente entendi os seus dilema, a sua personalidade e então dei a minha benção para as investidas do rapaz à jovem princesa.
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Outro ponto que vale ressaltar é com relação à política da Krósvia. O país enfrenta uma grave crise, originada pelo conflito entre a monarquia e aqueles que querem que seja implantada a república - mesmo que para isto sejam usados todos os tipos de artifícios. Este clima dá uma tensão maior a história, e o mais engraçado é perceber que, mesmo escolhendo um tema apresentado em "A Herdeira" de Kiera Cass (livro publicado no mesmo mês e que foi anunciado meses depois da Marina Carvalho finalizar "Elena"), a autora soube explorar muito mais o assunto e deixar tudo mais imediatista (e crível).
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Enfim, posso continuar desfiando elogios à este novo romance da trilogia da Krósvia, mas isto não seria surpresa. Adoro a forma como a Marina Carvalho escreve os seus livros, de um jeito gostoso e que nos conquistam já nas primeiras páginas. Sim, o ritmo narrativo e a pegada mais sexy deste volume pode o distanciar bastante do lado mais cor de rosa das tramas protagonizadas pela mãe da princesa... Mas isto que é o mais legal. E mostra que a autora não se prende a nenhuma fórmula, sempre pronta para surpreender os seus leitores.
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Sobre a autora:
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Quando criança devorava as revistinhas da Turma da Mônica. Formou-se em Jornalismo pela PUC-Minas e exerceu o cargo de assessora de comunicação. Hoje é professora de Língua Portuguesa e Literatura, não à toa, já que morre de amores pelas palavras. "Simplesmente Ana" é seu livro de estreia.
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TÍTULO: Elena, a Filha da Princesa
PÁGINAS: 322
AUTOR(A): Marina Carvalho
EDITORA: Galera
NOTA: 5 Estrelas
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