.
''Na Minha Estante'' Assegura: A resenha a seguir está completamente livre de Spoilers... Leia sem Moderação e divirta-se!
.
Sinopse:
.
A quintessência da história da menina que gosta de menino que gosta de meninos. Uma análise bem-humorada sobre relacionamentos.Naomi e Ely são amigos inseparáveis desde muito pequenos. Naomi ama Ely e está apaixonada por ele. Já o garoto, ama a amiga, mas prefere estar apaixonado, bem, por garotos.
.
Para preservar a amizade, criam a lista do não beijo — a relação de caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. A lista do não beijo protege a amizade e assegura que nada vá abalar as estruturas da fundação Naomi & Ely. Até que... Ely beija o namorado de Naomi. E quando há amor, amizade e traição envolvidos, a reconciliação pode ser dolorosa e, claro, muito dramática.
.
O que eu achei?
.
Sim, eu confesso: David Levithan é um dos autores que se encaixam perfeitamente na minha categoria de "Mixed Feelings". Às vezes eu amo (como nos casos de "Will Grayson", e "The Lover's Dictionary", e principalmente "Dois Garotos se Beijando"), e outras vezes eu não acho nada demais (como "Garoto Encontra Garoto", um caso que foi bem triste - para falar a verdade). Entretanto, com "Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo", seu mais recente livro lançado por aqui no Brasil em parceria com a amiga (e co-autora de longa data) Rachel Cohn, ele foi exatamente o que eu precisava no momento: Divertido, leve, e completamente refrescante.
.
.
Vejam bem, depois de toda a complexidade de sentimentos (profundos e conflitantes) que foi a minha leitura de "Brilhantes", eu simplesmente NECESSITAVA de algo que fosse um sopro agradável depois de um calor infernal. E, sim, "Naomi & Ely" foi isto; bem no ponto. Mas o mais legal é que, bem, o livro conseguiu superar totalmente as minhas expectativas. Pois, ao contar a história de uma garota que é apaixonada por seu melhor amigo (que é gay), que no fim acaba ficando com o namorado dela, a dupla cria uma história perfeita para falar sobre um assunto que eu acho que anda bem pouco presente nos livros jovens atuais: O amor entre amigos.
.
É fácil encontrar histórias de amor entre irmãos, entre um filho e seus pais, ou entre um casal - o último, por sinal, é o tema mais recorrente, nem vamos negar. Mas entre amigos? Se não for uma subtrama, ou estiver nas entrelinhas, é raro encontrar um volume que levante esta bandeira. Temos traições entre amigos, e amigos divertidos, amigos da onça ou amigos capachos. Mas a amizade é sempre um coadjuvante, nunca um protagonista. E aqui ele É o grande tema do livro. Toda a história, e seus personagens, orbitam ao redor da amizade entre Naomi e Ely (e o quê pode acontecer, agora que Naomi se sente traída por Ely - não por ter roubado o seu namorado, e sim por não ter olhado PARA ELA - e Ely se sentindo magoado com Naomi - pois ela não consegue ver que ele gosta DE VERDADE do rapaz, e que nem está galinhando como fazia "as usual").
.
Falando deste jeito, a trama pode te dar um nó no cerébro... Mas o livro é extremamente simples. Os dois precisam se resolver entre si. E se resolverem com os próprios problemas. E vamos ver tudo isto não só pelo ponto de vista dos dois, como também da segunda melhor amiga, do ex/atual, do novo interesse amoroso, da vizinha chata, de... Bem, de muita gente. E cada um tem uma voz, e cada um tem um estilo de narrativa diferente, e todos falam com você como se nós estivéssemos em uma mesa de um bar, ou na praça de alimentação de um shopping, e todos eles estivessem falando ao mesmo tempo, e alto, como só amigos sabem fazer.
.
E isto foi... Genial! E mesmo não sendo o tipo de pessoa cool e totalmente desbocada que anda com o Ely e a Naomi - e isto não tem nada a ver por ele ser escandalosamente gay e ela ter fama de vadia, e falo isto de forma totalmente não irônica - eu via algo genuíno ali. Uma relação cosmopolita e real, mesmo não sendo esta pessoa que frequenta os bares da moda, e fica chapado até cair para fugir completamente da realidade. Sem sombra de dúvidas, Cohn e Levithan sabem como falar com o jovem, e retratá-los de forma sincera e totalmente não paternalista nas páginas de seu livro. E eu preciso dizer o quanto eu amo autores que não pegam "leve" com os seus personagens, só para não chocar os seus leitores (e alguns pais, que talvez queiram ler o que o filho e a filha está lendo).
.
Enfim, nem preciso dizer o quanto este livro me empolgou, e como eu li a história super rápido, e como eu recomendo ele, não é mesmo? Acho que já ficou mais do que implícito em cada paragrafo deste meu comentário. Mas é que... Bem, eu gostei DE VERDADE de "Naomi e Ely". E minha nota só não foi maior, pois achei a resolução um pouco apressada. Mas isto não significa que eu não gostei dela (acreditem em mim, meus olhos ficaram marejados nas páginas finais), ou que ela quebre um pouco do encanto que a narrativa constrói no leitor. É só que... O livro merecia só mais algumas páginas. Só mais um capítulo. E isto é um apelo tanto do meu lado racional, quanto do meu lado passional. O que considero que seja muito bom, não é mesmo?! Eu acho que sim.
.
É fácil encontrar histórias de amor entre irmãos, entre um filho e seus pais, ou entre um casal - o último, por sinal, é o tema mais recorrente, nem vamos negar. Mas entre amigos? Se não for uma subtrama, ou estiver nas entrelinhas, é raro encontrar um volume que levante esta bandeira. Temos traições entre amigos, e amigos divertidos, amigos da onça ou amigos capachos. Mas a amizade é sempre um coadjuvante, nunca um protagonista. E aqui ele É o grande tema do livro. Toda a história, e seus personagens, orbitam ao redor da amizade entre Naomi e Ely (e o quê pode acontecer, agora que Naomi se sente traída por Ely - não por ter roubado o seu namorado, e sim por não ter olhado PARA ELA - e Ely se sentindo magoado com Naomi - pois ela não consegue ver que ele gosta DE VERDADE do rapaz, e que nem está galinhando como fazia "as usual").
.
Falando deste jeito, a trama pode te dar um nó no cerébro... Mas o livro é extremamente simples. Os dois precisam se resolver entre si. E se resolverem com os próprios problemas. E vamos ver tudo isto não só pelo ponto de vista dos dois, como também da segunda melhor amiga, do ex/atual, do novo interesse amoroso, da vizinha chata, de... Bem, de muita gente. E cada um tem uma voz, e cada um tem um estilo de narrativa diferente, e todos falam com você como se nós estivéssemos em uma mesa de um bar, ou na praça de alimentação de um shopping, e todos eles estivessem falando ao mesmo tempo, e alto, como só amigos sabem fazer.
.
E isto foi... Genial! E mesmo não sendo o tipo de pessoa cool e totalmente desbocada que anda com o Ely e a Naomi - e isto não tem nada a ver por ele ser escandalosamente gay e ela ter fama de vadia, e falo isto de forma totalmente não irônica - eu via algo genuíno ali. Uma relação cosmopolita e real, mesmo não sendo esta pessoa que frequenta os bares da moda, e fica chapado até cair para fugir completamente da realidade. Sem sombra de dúvidas, Cohn e Levithan sabem como falar com o jovem, e retratá-los de forma sincera e totalmente não paternalista nas páginas de seu livro. E eu preciso dizer o quanto eu amo autores que não pegam "leve" com os seus personagens, só para não chocar os seus leitores (e alguns pais, que talvez queiram ler o que o filho e a filha está lendo).
.
Enfim, nem preciso dizer o quanto este livro me empolgou, e como eu li a história super rápido, e como eu recomendo ele, não é mesmo? Acho que já ficou mais do que implícito em cada paragrafo deste meu comentário. Mas é que... Bem, eu gostei DE VERDADE de "Naomi e Ely". E minha nota só não foi maior, pois achei a resolução um pouco apressada. Mas isto não significa que eu não gostei dela (acreditem em mim, meus olhos ficaram marejados nas páginas finais), ou que ela quebre um pouco do encanto que a narrativa constrói no leitor. É só que... O livro merecia só mais algumas páginas. Só mais um capítulo. E isto é um apelo tanto do meu lado racional, quanto do meu lado passional. O que considero que seja muito bom, não é mesmo?! Eu acho que sim.
.
.
Sobre os autores:
.
Rachel Cohn nasceu em 14 de dezembro de 1968 em Silver Spring, Maryland. Ela cresceu na área de DC (Maryland suburbano), mas também passou os verões da sua infância em Massachusetts ocidental com os seus avós, então meio que sente parte dos dois lugares. A partir do momento que aprendeu a ler e escrever, estava sempre tentando criar histórias. Ela cresci cercado por livros e pela família que eram educadores - o desejo e o incentivo para escrever veio rapidamente em sua casa.
.
David Levithan (nascido em 07 de setembro de 1972, Short Hills, New Jersey) é um editor de ficção gay jovem americano adulto e autor premiado. Ele teve seu primeiro livro, Garoto encontra Garoto, publicado em 2003. Ele tem escrito inúmeras obras com personagens gays do sexo masculino, principalmente Garoto encontra Garoto e Nick and Norah. Aos 19 anos, Levithan recebeu um estágio na Scholastic Corporation, onde começou a trabalhar na série The Baby-sitters Club. Dezessete anos depois, Levithan ainda está trabalhando para Scholastic como diretor editorial. Levithan é também o editor-fundador do PUSH, uma marca jovem-adulto da Scholastic Press enfocando novas vozes e novos autores.
.
TÍTULO: Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo
TÍTULO ORIGINAL: Naomi & Ely's No Kiss List
TÍTULO ORIGINAL: Naomi & Ely's No Kiss List
AUTORA: David Levithan & Rachel Cohn
EDITORA: Galera
PÁGINAS: 256
NOTA: 4 Estrelas
Nenhum comentário:
Postar um comentário