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''Na Minha Estante'' Assegura: A resenha a seguir está completamente livre de Spoilers... Leia sem Moderação e divirta-se!
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Sinopse:
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Em 1891, quando foi publicado em sua versão final, O retrato de Dorian Gray foi recebido com escândalo, e provocou um intenso debate sobre o papel da arte em relação à moralidade. Alguns anos mais tarde, o livro foi inclusive usado contra o próprio autor em processos judiciais, como evidência de que ele possuía “uma certa tendência” (no caso de Oscar Wilde, a homossexualidade, motivo pelo qual acabou condenado a dois anos de prisão por atentado ao pudor).
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Mais de cem anos depois, porém, o único romance de Oscar Wilde continua sendo lido e debatido no mundo inteiro, e por questões que vão muito além do moralismo do fim do período vitoriano na Inglaterra, definida por um dos personagens do livro como “a terra natal da hipocrisia”. Seu tema central - um personagem que leva uma vida dupla, mantendo uma aparência de virtude enquanto se entrega ao hedonismo mais extremado - tem apelo atemporal e universal, e sua trama se vale de alguns dos traços que notabilizaram a melhor literatura de sua época, como a presença de elementos fantásticos e de grandes reflexões filosóficas, além do senso de humor sagaz e do sarcasmo implacável característicos de Wilde.
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Mais de cem anos depois, porém, o único romance de Oscar Wilde continua sendo lido e debatido no mundo inteiro, e por questões que vão muito além do moralismo do fim do período vitoriano na Inglaterra, definida por um dos personagens do livro como “a terra natal da hipocrisia”. Seu tema central - um personagem que leva uma vida dupla, mantendo uma aparência de virtude enquanto se entrega ao hedonismo mais extremado - tem apelo atemporal e universal, e sua trama se vale de alguns dos traços que notabilizaram a melhor literatura de sua época, como a presença de elementos fantásticos e de grandes reflexões filosóficas, além do senso de humor sagaz e do sarcasmo implacável característicos de Wilde.
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O que eu achei?
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Segundo livro da minha meta de "12 Livros Para 2015" finalizado! Desde o começo eu já esperava que "O Retrato de Dorian Gray" seria uma leitura difícil, mas eu não imaginava quanto! Quero dizer, este não é o primeiro clássico que eu leio, muito menos foi o maior, mas foi o primeiro cuja a narrativa realmente me pareceu cansativa e nem um pouco prolixa. Oscar Wilde era extremamente descritivo, com coisas que "floreavam" bastante o texto, e seus diálogos poderiam ser considerados monólogos! Isto para não entrar em consideração o fato de que a tradução da minha edição foi praticamente A PRIMEIRA feita do livro no país (para se ter uma ideia, o tradutor morreu em 1921!), o que não me ajudou nem um pouco.
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E o que dizer do capítulo 11, minha gente?! Eu ainda não superei a forma como ele escolheu fazer a passagem de tempo... Sei lá, era realmente necessário para o leitor saber sobre todas as manias estranhas/bizarras que o Dorian Gray criou com o passar do tempo, sobre a influência de Lorde Henry?! Eu não sei... Foi a parte do livro em que mais me fatigou, e posso parecer estar brincando, mas eu fiquei praticamente TRÊS semanas preso neste único capítulo. Se as estrelas caíram e/ou o meu encanto com a história se quebrou, boa parte da culpa se deve a minha preguiça com relação à esta parte precisa da narrativa.
Mesmo assim, eu gostei da história. Pode não parecer, devido ao meu desabafo acima, mas é a verdade. Amei odiar o Gray e o Lorde Henry - e como odiei estes dois, com todas as minhas forças... Mesmo antes da nefasta influência do mais velho, o protagonista já se mostrava uma pessoa horrível - mas que conseguia a condescendência de todos justamente devido à sua beleza angelical. Já o segundo é o típico Ricaço que se acha o dono da verdade, que esconde as suas "grosserias" por detrás de uma personalidade marcante e bastante abrangente. Os dois conseguiram ultrapassar com folga a antipatia que eu senti por Cathy e Heathcliff, a título de comparação.
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Apesar da minha aversão ao protagonista, adorei a forma como a mensagem de Oscar Wilde fica dúbia no texto - nunca sabendo se ele concordava com a visão torta de Lorde Henry para o mundo (e bota TORTA nisto, pelo amor de Deus), ou se aquilo tudo era uma grande crítica à futilidade/hipocrisia da sociedade da época (o que vamos confessar, não mudou muita coisa de lá para cá, não é mesmo?!). Mas, confesso, achei o final meio "Ok". A segunda metade (logo após o fatídico capítulo 11) traz para a trama uma dose de mistério que me fez agarrar às páginas até o fim. Porém, a resolução dada por Oscar Wilde não me impressionou tanto - já que eu realmente achei que ele usaria melhor o personagem de James Vane com relação ao destino de Dorian Gray (não vou comentar sobre o assunto, mas quem leu sabe do que estou falando). Enfim, foi uma boa leitura (apesar de cansativa), mas o meu clássico favorito continua sendo "Morro dos Ventos Uivantes".
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E o que dizer do capítulo 11, minha gente?! Eu ainda não superei a forma como ele escolheu fazer a passagem de tempo... Sei lá, era realmente necessário para o leitor saber sobre todas as manias estranhas/bizarras que o Dorian Gray criou com o passar do tempo, sobre a influência de Lorde Henry?! Eu não sei... Foi a parte do livro em que mais me fatigou, e posso parecer estar brincando, mas eu fiquei praticamente TRÊS semanas preso neste único capítulo. Se as estrelas caíram e/ou o meu encanto com a história se quebrou, boa parte da culpa se deve a minha preguiça com relação à esta parte precisa da narrativa.
Mesmo assim, eu gostei da história. Pode não parecer, devido ao meu desabafo acima, mas é a verdade. Amei odiar o Gray e o Lorde Henry - e como odiei estes dois, com todas as minhas forças... Mesmo antes da nefasta influência do mais velho, o protagonista já se mostrava uma pessoa horrível - mas que conseguia a condescendência de todos justamente devido à sua beleza angelical. Já o segundo é o típico Ricaço que se acha o dono da verdade, que esconde as suas "grosserias" por detrás de uma personalidade marcante e bastante abrangente. Os dois conseguiram ultrapassar com folga a antipatia que eu senti por Cathy e Heathcliff, a título de comparação.
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Apesar da minha aversão ao protagonista, adorei a forma como a mensagem de Oscar Wilde fica dúbia no texto - nunca sabendo se ele concordava com a visão torta de Lorde Henry para o mundo (e bota TORTA nisto, pelo amor de Deus), ou se aquilo tudo era uma grande crítica à futilidade/hipocrisia da sociedade da época (o que vamos confessar, não mudou muita coisa de lá para cá, não é mesmo?!). Mas, confesso, achei o final meio "Ok". A segunda metade (logo após o fatídico capítulo 11) traz para a trama uma dose de mistério que me fez agarrar às páginas até o fim. Porém, a resolução dada por Oscar Wilde não me impressionou tanto - já que eu realmente achei que ele usaria melhor o personagem de James Vane com relação ao destino de Dorian Gray (não vou comentar sobre o assunto, mas quem leu sabe do que estou falando). Enfim, foi uma boa leitura (apesar de cansativa), mas o meu clássico favorito continua sendo "Morro dos Ventos Uivantes".
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Sobre o Autor:
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Nasceu em 16 de outubro de 1854 em Dublin, Irlanda. Filho de William Robert Wilde, cirurgião-oculista que servia à rainha. Sua mãe, Jane Speranza Francesca Wilde, escrevia versos irlandeses patrióticos com o pseudônimo de Speranza. Foi educado no Trinity College, Dublin e mais tarde em Oxford. Lá ele recebe a influência de Walter Pater e da doutrina da "arte pela arte". Em 1879, vai para Londres, para estabelecer-se como líder do "movimento estético". Em 1881 é publicada uma coletânea de seus poemas. Em 1882, sem dinheiro, aceita participar de um ano de viagens entre USA e Canadá. Essa viagem lhe rendeu fama e fortuna.
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TÍTULO: O Retrato de Dorian Gray
TÍTULO ORIGINAL: The Picture of Dorian Gray
PÁGINAS: 560
AUTOR(A): Oscar Wilde
EDITORA: Martin Claret
NOTA: 3 estrelas
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