sábado, 11 de outubro de 2014

Resenha: A Menina Mais Fria de Coldtown

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''Na Minha Estante'' Assegura: A resenha a seguir está completamente livre de Spoilers... Leia sem Moderação e divirta-se!
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Sinopse:
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No mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros são as Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas. Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue sair. Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da própria Coldtown. A Menina Mais Fria de Coldtown, da aclamada Holly Black, é uma história única sobre fúria e vingança, culpa e horror, amor e ódio.
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O que eu achei?
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Depois de muito esperar, finalmente li o tão aguardado "A Menina mais Fria de Coldtown'', um jovem-adulto contemporâneo recentemente publicado pela editora Novo Conceito. Ele foi mais uma leitura tripla que eu fiz junto com a Mah (do TOC por Leitura) e com a Nine (do Estante da Nine) - e, desta vez, também contando com a participação do Gabriel do blog "Um Papo entre Páginas''. 
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Como vocês devem imaginar, eu estava bastante empolgado. Afinal, a Holly Black nada mais é do que a autora de "Mestres da Maldição", uma das minhas séries favoritas de todos os tempos. Então, vocês já devem imaginar qual foi o pequeno dilema que me acometeu, não é mesmo? Ao mesmo tempo em que estava louco para começar, meu medo do livro não ser tão legal assim e acabar me decepcionando também era grande. Por isso, mergulhei de cabeça na história sem saber muita coisa. E realmente escolhi me abster de procurar mais informações sobre o livro, o que eu quase nunca faço. Mas, desta vez, eu fiz... E acabou que esta tática deu muito certo.
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Para começar, foi uma grande surpresa saber que a trama, na verdade, era um pós-apocalíptico envolvendo Vampiros! Pelo booktrailer (tanto nacional, quanto o internacional), e pela campanha de marketing da editora, que foram as únicas coisas com relação ao livro que eu estava inteirado, eu não tinha uma noção completa de toda a construção da história - e começar a narrativa deste jeito foi uma grata surpresa. Mesmo estando bastante saturado com estas criaturas sobrenaturais, a Holly - mais uma vez - conseguiu criar algo novo e refrescante, utilizando basicamente a mitologia tradicional das criaturas da noite.
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Além disto, até a narrativa da autora foi uma novidade. Diferente do estilo em primeira pessoa apresentado nos três livros protagonizados pelo Cassel, desta vez Black optou por contar a sua história em 3ª pessoa, seguindo duas linhas temporais: no presente, sob o ponto de vista da protagonista Tana, e no passado, contando como o Mundo se tornou o caos em que está mergulhado, além de fatos importantes sobre o que aconteceu anteriormente com os personagens - cada capítulo sendo intercalado pelas duas vertentes, construindo pouco a pouco a trama como um gigantesco quebra-cabeça. Isto significa que a leitura seguiu um caminho simples e fácil? Não, muito pelo contrário. No começo, eu confesso, isto me assustou um pouco - pois não conseguia ver para onde eu estava sendo levado, e isto me assustou um pouco. Mas justamente por ir apresentando seus segredos pouco a pouco, a história me conduziu com uma facilidade que - quando menos eu percebi, já estava completamente imerso em tudo o que estava acontecendo.
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Outro ponto que preciso ressaltar são os personagens que nos são apresentados no decorrer da narrativa. Assim como em "Mestres da Maldição", a autora não foi nem um pouco paternalista com os seus leitores na hora de construir a personalidade de cada um - principalmente dos mais jovens. Eles são carismáticos, impulsivos e muito loucos. Alguns em um grau maior, e outros de formas mais moderadas. Mesmo assim, devido ao clima imediatista presente na sociedade apresentada por ela, todos os freios e anseios que poderiam conter os desejos de alguns deles simplesmente não existe. O que significa que algumas pessoas vão precisar ter uma cabeça muito aberta para entender o "liberalismo" dos personagens na hora de ler o volume. Mas, olhando para todo o universo apresentado como um todo, este comportamento "maluco-beleza" nada mais é que uma reação bastante cabível. Principalmente nas pessoas mais novas, afinal, o perigo é completamente real no dia-a-dia de "A Menina Mais Fria de Coldtown". Um dia, tudo pode estar bem... No outro, todos os seus amigos podem estar mortos devido ao ataque de algum vampiro louco.
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Mesmo com todos estes pontos positivos, uma coisa que me desagradou nesta edição de "A Menina Mais Fria de Coldtown'' foi quanto a revisão do texto dele. Tem momentos que os erros são tão bobos - e tão gritantes - que me surpreenderam.... Teve um em especial que eu até anotei, de tão ridículo que era. Para uma tradução oficial, fiquei bastante chateado com esta falta de cuidado! E não foi um livro lançado às pressas - ele estava no prelo para ser lançado desde de setembro do ano passado. E, sim, isto me chateou - ainda mais sendo um livro da Holly Black. Em compensação, o acabamento gráfico é lindo, e todas as páginas são ''manchadas'', como se o livro tivesse caído em alguma poça de sangue.
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Apesar das altas expectativas, para a minha completa alegria, o livro conseguiu superar todas. Não só isto: Ele me levou por caminhos que eu não esperava, e que nem em meus sonhos mais loucos eu conseguiria prever... E foram tantas reviravoltas e detalhes que foram se completando com o decorrer da narrativa que achei que minha cabeça iria explodir. Mas, ainda bem, não explodiu. Pois, assim, eu não teria como recomendar ele, e sim, eu preciso fazer com que todos leiam este livro! Cheguei ao final dele completamente embasbacado - e com aquela sensação gostosa de não querer me separar do exemplar. Então, se estiverem preparados para serem surpreendidos por este mais novo romance da Holly Black, mergulhe de cabeça. Tenho certeza que, assim como eu, você não vai querer sair de Coldtown!
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Sobre a autora:
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Holly Black é a autora best-seller de romances de fantasia contemporânea para adolescentes e crianças. Seu primeiro livro, Tithe: Fadas Ousadas e Modernas, foi publicado em 2002 pela Simon & Schuster. Tithe era chamado de "escuro, nervoso, lindamente escrito e compulsivo de ler" pela Booklist, recebeu críticas aclamadas da Publisher's Weekly e Kirkus, e foi incluída nos melhores livros da Associação Americana de Bibliotecas para Jovens Adultos.
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Holly, desde então, escreveu dois outros livros no mesmo universo, Valiant (2005) e, a sequela de Tithe,Ironside (2007), que passou cinco semanas na lista de bestsellers do New York Times. Valiant foi um dos finalistas para o Prêmio Mythopoeic para leitores jovens e ganhador do Prêmio Andre Norton de Excelência em Jovem Adulto de Literatura.
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TÍTULO: A Menina Mais Fria de Coldtown
TÍTULO ORIGINAL: The Coldest Girl in Coldtown
PÁGINAS: 384
AUTOR(A): Holly Black
EDITORA: Novo Conceito
NOTA: 5 Estrelas

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