Resenha: Para Onde Ela Foi

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''Na Minha Estante'' Assegura: A resenha a seguir está completamente livre de Spoilers... Leia sem Moderação e divirta-se!

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Sinopse:

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Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medido em passos não em milhas, não em continentes, não em anos, e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado. 

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Com a mesma força dramática de Se Eu Ficar, agora pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa da esperança e a chama do amor que renasce.

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O que eu achei?

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Falar sobre ''Para Onde Ela Foi'', sem comentar sobre ''Se Eu Ficar'' é praticamente impossível... Este livro é, em sua essência, a conclusão da história imediatamente iniciada no volume anterior - e por isso estava tão ansioso para colocar as minhas mãos nele. Para quem leu (ou assistiu) à minha resenha do primeiro livro da série, sabe que eu gostei da trama criada por Gayle Forman - mas, em compensação, ela não atingiu tudo o que eu esperava dela. Justamente por esta pausa temporal que temos ao fim do livro, nos contando o que acontece mas não as suas consequências. 

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Na primeira história, narrada por Mia em seu limbo de quase morte, nós entendemos o seus dilemas entre partir ou ficar, conhecemos a vida amorosa que a garota possuía com a família e como ela conhece Adam. Porém, com todos os desdobramentos que acontecem no encerramento de ''Se Eu Ficar'', o relacionamento dos dois fica em completo suspenso - para conhecer a sua conclusão somente em ''Para Onde Ela Foi''. Pois, para mim, é este o sentimento que o segundo livro deixa - não só na história, como também para os leitores: Uma conclusão.

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Desta vez, nós vemos tudo através do ponto de vista do Adam, trocando o Oregon por Nova York, e temos um salto temporal de três anos desde o acidente que matou a família de Mia. A Shooting Star é uma das bandas de rock mais famosas do planeta mas, em compensação, o grupo está cada vez mais afastado. Em decorrência de todas as sequelas emocionais deixadas, o rapaz se encontra cada vez mais isolado, viciado em tranquilizantes para dormir e refém da mídia. Às vésperas de iniciar a turnê de seu novo álbum, Adam se depara com um fantasma que não esperava rever tão cedo e, à partir de então, ele mergulha em uma noite de descobertas pela cidade - fazendo um balanço de tudo o que aconteceu em sua vida e o que ele quer para si mesmo no futuro.

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Assim como o seu antecessor, ''Para Onde Ela Foi'' se passa no decorrer de um dia. Nós nos reencontramos com o personagem em um ponto crítico de sua vida e, ao se lançar perdido na noite de Nova York, o personagem revê o seu passado e o que aconteceu desde que Mia o deixou, intercalando capítulos no presente e no passado (sim, é lógico que não vou dizer o que aconteceu com a Mia... Você precisa ler o livro, engraçadinho!). Mas todas as semelhanças narrativas com ''Se Eu Ficar'' param por aqui. Mesmo sendo bastante introspectivo e melancólico, o peso da tragédia que nos atinge no primeiro volume é menos e mais distante - o que deixa o clima de leitura bem mais agradável (ou confortável, dependendo do ponto de vista). Não que ela não deixe marcas permanentes em Adam, muito pelo contrário... Mas como o próprio personagem diz, apesar de amar muito todos aqueles que partiram, ele era apenas um expectador de tudo o que aconteceu.

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Um detalhe que chama bastante atenção neste volume são os trechos no início de cada capítulo das músicas do ''cd'' Collateral Damage, álbum que catapultou a banda Shooting Stars para o estrelato e que foi todo inspirado na Mia e nas consequências sentidas pelo Adam após o acidente. Em cada verso, podemos sentir a revolta, a dor e as incertezas do personagem e como ele tentou lidar com aquilo. O único porém é com relação às traduções que, em favor da rima, acabou alterando muito (e de forma desnecessária) o sentido das canções. Mas, em compensação, no rodapé das páginas podemos encontrar as letras originais - o que minimiza um pouco a péssima decisão de fazer ''versões''das músicas ao invés da transliteração. 

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Mesmo sendo uma história que nasce justamente como consequência de ''Se Eu Ficar'', acho que gostei muito mais da leitura de ''Para Onde Ela Foi'' do que do seu antecessor. Não que eu tenha achado o segundo livro perfeito... Para falar a verdade, não foi. Se tenho algo à ressaltar sobre a leitura, é justamente o encerramento da história. Eu senti que o tomo final foi um pouco apressado, e que mais alguns capítulos para tudo se assentar em seu lugar não faria mal nenhum - muito pelo contrário, só iria deixar tudo mais rico. Mas não posso apagar o brilho desta continuação devido ao desenvolvimento do desfecho. Estaria mentindo se dissesse que não curti. Foi uma história linda, que me tocou de verdade, e que concluiu de uma maneira delicada e bonita tudo o que vemos acompanhando desde as primeiras páginas de ''Se Eu Ficar''. 

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Sobre a autora:

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Forman começou sua carreira escrevendo para a revista Seventeen em que a maioria de seus artigos, centrada nos jovens e preocupações sociais. Mais tarde ela se tornou uma jornalista freelance para publicações como a revista Details, Jane Magazine, Glamour Magazine, The Nation, Elle Magazine e Cosmopolitan Magazine.
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Em 2002, ela e seu marido Nick fizeram uma viagem ao redor do mundo. De suas viagens, ela acumulou uma riqueza de experiências e de informações que mais tarde serviu como base para seu primeiro livro, um diário de viagem que você não pode começar lá a partir daqui: um ano na margem de uma Shrinking World. Em 2007 ela publicou seu primeiro romance para jovens adultos, intitulado de Sisters In Sanity onde ela se baseia em um artigo que tinha escrito para a revista Seventeen. Seu mais recente romance If I Stay (Se eu ficar), fez Forman levar vários prêmios, entre eles o Indie Choice Award de 2010.

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TÍTULO: Para Onde Ela Foi

TÍTULO ORIGINAL: Where She Went

SÉRIE: Se Eu Ficar

AUTOR(A): Gayle Forman

PÁGINAS: 240

EDITORA: Novo Conceito

NOTA:  4 Estrelas