BOOKCRUSHES: Resenha: Te Encontro às Onze

domingo, 29 de julho de 2018

Resenha: Te Encontro às Onze

''Na Minha Estante'' Assegura: A resenha a seguir está completamente livre de Spoilers... Leia sem Moderação e divirta-se!

Sinopse:

Esta é a história do Manuel e do Arthur.

Eles se conhecem há dois anos e, durante esse período, viram a amizade que surgiu graças a uma famosa série de livros se transformar em um sentimento muito maior e mais profundo.

Mas os medos de Manuel parecem tão grandes que talvez o tempo se torne um de seus maiores inimigos e o grande vilão nessa possível história de amor. Quanto tempo você aguentaria esperar para ter um encontro com a pessoa que ama?

Te Encontro às Onze é uma novela jovem adulta LGBTQ+ de Victor Lopes, autor de Quero Andar de Mãos Dadas.

O que eu achei?

É sempre muito difícil falar sobre uma noveleta (eu amo este termo, e estava só esperando o momento certo de usá-lo - então não me olhe deste jeito), mas dizer que Te Encontro às Onze é uma história incrivelmente adorável não pode ser considerado um spoiler.

Sim, tendo como base a capa e a sinopse, eu já esperava que o texto seria fofo. Mas, sem sombra de dúvidas, foram as nuances que realmente me cativatam durante a leitura e me fizeram comprar a história do tímido Manuel e como ele acaba conhecendo Arthur em um chat para fãs de sua série favorita.

A começar pela narrativa em entradas de diário, onde cenas rápidas e pequenos diálogos não apenas dão ritmo para a trama como também nos conecta com facilidade ao narrador protagonista.

Foi engraçado perceber que fui extremamente empático com as inseguranças de Manuel com relação à própria aparência. O grande obstáculo que ele precisa enfrentar é justamente este, e tenho certeza que eu poderia ter sido muito menos paciente em qualquer outro volume. Entretanto, aqui o autor nos faz perceber como isto é limitador ao personagem - e foi esta fragilidade que me tocou tanto e que acabou se tornando um diferencial para mim.

E por esta razão que Te Encontro às Onze conseguiu ser uma leitura tão gostosa. Não apenas pela ligação apaixonada que Manuel possui com a sua saga de livros favorita como também por esta identificação de que, bem, às vezes realmente nos sentimos como uma sacola plástica vazia. Mas a lição que fica tanto para o rapaz quanto para o leitor é justamente esta: às vezes, tudo o que precisamos é um pouquinho de coragem para nos permitir. Isto pode ser libertador.