sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Resenha: A Cidade do Pecado

''Na Minha Estante'' adverte: A resenha a seguir pode conter Spoilers ocasionais da trama abordada... Não que vá interferir em alguma coisa, mas é só para não falarem que eu não avisei!
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Sinopse:
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Retirada de sua cidade nativa e jogada na terra dos riquinhos suburbanos, Candice está conformada em aceitar seu destino chato. Nada acontece em Swoon, Connecticut... Até que a prima perfeita e privilegiada de Dice, Penelope, quase morre caindo de uma velha árvore, e seu espírito se entrelaça com o de um fantasma. Seu nome? Sinclair Youngblood Powers. Sua missão? Vingança. E enquanto Pen está alheia a possessão, Dice está muito ciente da presença de Sin. Ela está intensamente atraída por ele - mas definitivamente não louca sobre o caos que ele está provocando. Determinada a exorcizar o demônio, Dice acidentalmente solta Sin, dando-lhe um corpo. Agora ela deve destruir um adversário ainda mais potente - e irresistível -, antes que a cidade toda sucumba à ira de Sin. O único problema é que ela está apaixonada por ele. O que fazer quando o menino dos seus sonhos é mau demais para ser verdade?
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O que eu achei?
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Confesso que comprei ''Swoon'' somente pela capa... Tudo bem, a sinopse dele me conquistou também, mas o que me levou a ler a sinopse foi justamente a capa. Pela imagem (e pelo resumo do mesmo), parecia que o livro seria sombrio, um tanto dark... Mas não foi o que aconteceu. Não que o livro seja ruim, pelo amor de Deus, não estou dizendo isto. Só achei que com tema que Nina Malkin tinha em mãos, a trama poderia ter rendido bem mais.
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Mas ela rende. Eu que sou chato. E esperei demais. Tá bom, eu queria uma história com possessões mais evidentes, sessões de exorcimos macabras e tal, mas a autora meio que nos dá isto. Só que à sua maneira.
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A Candice é uma boa protagonista. Ela não é nenhuma ''Kick-Ass'' - tipo Rose de VA, ou a Suze de ''A Mediadora'' - porém tem uma personalidade forte e sua narrativa é divertida. Achei que a Nina poderia ter explicado um pouco mais a sua ''mediunidade'', o que para mim foi uma falta leve comparadas à outras.
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A função de fazer toda a trama girar nos trilhos fica a cargo de Sinclair Youngblood Powers e sua vingança contra os herdeiros da cidade. Sin. (É, exato, ''sin'' = Pecado) é a verdadeira personificação do Bad-Boy dos romances YA atuais. Só com a sua presença, ele consegue evocar o que a cidade de Swoon tem de pior - ou de melhor, dependendo do seu ponto de vista. Nina acertou ao criar o seu passado trágico, sua fala antiquada, suas formas de vingança, e ainda mais na sua personalidade arredia e pra lá de duvidosa.
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Outro ponto positivo para a tia Malkin é a sua total falta de papas na língua. Seja no comportamento ''Oi-somos-porralocas-mas-nos-fingimos-de-bonzinhos'' dos adolescentes da cidade, seja nas cenas onde Sin manifesta o seu ''poder'' - com direito à... unh... momentos intímos... de todos os tipos de orientação sexual - Swoon é literalmente um livro para ''Jovens Adultos'' (eu que não me atentei para isto).
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Mesmo estando repleto de momentos ''WTF?!'' e pulos gritantes na trama - como no fato da Dice passar a gostar do Sin de uma hoa para outra, ''Swoon: Amor além do Tempo'' (sub-título para lá de desnecessário) é uma agradável surpresa.
Não é um terror, apenas um Romance Sobrenatural um tanto às avessas. E põe avessas nisto. Sin não é nenhum ''Edward Wannabe''. Ele não vale nada - e está disposto a partir o coração de Dice para conseguir o que quer. E é por isto que eu recomendo ele. Afinal, como eu não poderia recomendar uma história cujo ''protagonista-vilão'' tenta atingir os valores de uma cidade hipócrita e para lá de puritana com altas doses de Prazeres da Carne?!
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O Ponto Alto:
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Quando Sin e Dice finalmente se declaram um para o outro, e o rapaz descobre que está ''mudando''... Olha, não pense que eu sou um Último Romântico; se ler o capítulo inteiro, verá muito bem por que escolhi esta cena - e os motivos são bem dignos do Sr. Youngblood Powers. Rsrs.
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Momento Desnecessário:
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A cena em que Dice decobre que sua prima Pen está possuída pelo espírito do Sin. Não que o momento ''em si'' seja desnecessário, mas foi uma ''case'' muito mal construída. Em um segundo, Dice está em uma festa, olhando com cara de ''WTFH?!'' para Pen - enquanto a mesma toca rabeca em cima da mesa, sendo manipulada por Sin; No outro, as duas estão correndo pelo campo, indo em direção à árvore onde tudo começou. Só digo uma coisa: Depois de dar vários nós no meu cérebro para tentar entender que a cena tinha mudado, fui eu que fiquei com cara de ''WTFH?!''.
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Quem Me Conquistou?
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Depois de falar TANTO da Dice ''Santa Não Sou'' e principalmente do Sin ''Quero Entrar em Suas Calcinhas'', eu preciso falar mais alguma coisa?!... É, eu acho que não.
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Quem Eu Odiei?
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No começo seria a Pen... Mas aí ela libertou o seu lado ''Bitch'' de ser - e eu tenho uma pequena queda por personagens com lados ''Bitchs''. Então, no balanço geral, percebi que a personagem que mais me desagradou na leitura inteira foi a Ruby. Eu sei, eu sei - quem leu, sabe muito bem que ela tem sua importância na construção da personalidade da Dice... Mas não posso negar que, todas as vezes em que ela aparecia, a minha mente gritava BORING! Sem falar que ela não é Bitch como o Pen. Na verdade, é uma irresponsável de marca maior. E que, convenhamos, não é a mesma coisa...
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A Capa:
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Bom, a capa brasileira simplesmente ''Owna'' a original americana. As duas tem os mesmos elementos: A árvore, Dice (que na brasileira é loira ¬¬')... Porém, ao olharmos uma do lado da outra, logo vemos que diferença faz um bom designer gráfico. Cinco Asilos em Chamas para a turma da ''Galera''.
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Minha Playlist:
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Música: I Write Sins Not Tragedies - Artista: Panic! At The Disco
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Eu não sei por que, mas eu acho esta música A CARA do Sin - muito além do trocadilho. Rsrs.
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TÍTULO: Swoon - Amor Além do Tempo
TÍTULO ORIGINAL: Swoon
AUTOR(A): Nina Malkin
EDITORA: Galera
NOTA: 8,5

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